Gerenciamento de risco: o que é e para que serve

Roubos e furtos de cargas infelizmente fazem parte da realidade de todo transportador brasileiro. Dados apontam que o prejuízo anual para as empresas do setor passa de R$ 1 bilhão, sendo que o país é campeão mundial para esse tipo de crime.

Quando o assunto é roubo de carga, o Brasil fica à frente de países como México, África do Sul, Somália e Síria, apontados com de “altíssimo risco”, de acordo com a FreightWatch International, maior consultoria especializada em roubos de cargas.

Mercado paralelo de interceptadores incentiva o crime

Os roubos ocorrem na medida em que existe um mercado paralelo de interceptadores, responsáveis por comprar mercadorias roubadas, incentivando esse tipo de crime.

De acordo com a Associação Nacional do Transporte de Cargas & Logística (NTC&Logística), as ocorrências concentram-se em paradas de descanso e no período noturno, horário em que as ações policiais se tornam menos efetivas.

Região Sudeste concentra 80% das ocorrências

Entretanto, a maioria dos assaltos ocorre em áreas urbanas. Outro ponto em destaque que facilita a ação das quadrilhas é a condição precária das vias. Muitos criminosos enxergam oportunidades quando o motorista não consegue atingir uma velocidade de tráfego que iniba qualquer tipo de ação.

A região Sudeste concentra cerca de 80% das ocorrências, concentrando-se em especial no Rio de Janeiro e em São Paulo. Um levantamento feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) mostra que, em 2021, foram registradas 4.521 ocorrências de roubo de carga somente no estado do Rio de Janeiro, uma média de 12 por dia.

Gerenciamento de risco: o que é

Por esse motivo, os transportadores precisam investir cada vez mais em segurança, tecnologia e inteligência logística. Uma das estratégias que ajudam as empresas é o gerenciamento de risco. É um serviço que tem o objetivo de gerenciar e mitigar os riscos existentes em suas atividades. Para isso, utiliza procedimentos, tecnologia e planos de contingência para combater eventuais ocorrências no transporte de cargas.

Todas as etapas do transporte da mercadoria são mapeadas e as orientações estão detalhadas em um documento técnico chamado Plano de Gerenciamento de Risco (PGR). Do embarque até o destino final, ali estão especificadas todas as atividades que devem ser cumpridas por todos os envolvidos, do gestor até o motorista do caminhão.

Documento personalizado conforme o risco de cada mercadoria

O PGR é um documento elaborado de forma personalizada, já que cada mercadoria tem o seu grau de risco. Se a mercadoria for de fácil recolocação no mercado e é de difícil rastreio, como os produtos têxteis, por exemplo, maior é o risco, sendo necessário elaborar estratégias para mitigá-lo.

Dependendo da rota da mercadoria, com elevada concentração de casos, o risco também é maior e demanda roteirização específica para que a mercadoria siga sem paradas naquela região.

É por isso que todas as cargas necessitam de um serviço de gerenciamento de risco. As cargas mais roubadas ainda mais, como alimentos, produtos têxteis, eletroeletrônicos, cigarros, produtos farmacêuticos, autopeças e combustíveis.

Contar com o apoio de um serviço de gerenciamento de risco aumenta as chances de que a mercadoria chegue ao seu destino em segurança. O serviço também ajuda a empresa a criar um histórico sobre as melhores rotas, os horários mais adequados, entre outras estratégias de mitigação do risco.

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