Conforme levantamento realizado pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), em média, uma carga é roubada a cada 30 minutos nas rodovias brasileiras.

O Brasil é considerado o sexto país com o maior número de roubos de carga do mundo, segundo o Comitê de Transportes de Carga do Reino Unido.

Como o sistema rodoviário é o modal de transporte mais utilizado pelas empresas, além de ser uma malha viária extensa, que concentra 61% do escoamento da produção do país, trafegar pelas estradas é um desafio para todo gestor.

Abordagens ocorrem em paradas de descanso e à noite

A segurança das rodovias do Brasil é dificultada principalmente pela facilidade de venda dos produtos roubados e a falta de fiscalização e investimentos para melhorar suas condições físicas.

Exemplo disso é que muitos criminosos estão atentos a oportunidades quando o motorista não consegue atingir uma velocidade de tráfego que iniba qualquer tipo de ação.

Uma pesquisa realizada pela NTC&Logística mostra que as abordagens acontecem em paradas de descanso (15%) e no período noturno, horário em que as ações policiais se tornam menos efetivas. Entretanto, a maioria dos assaltos ocorre em áreas urbanas (78%).

Alimentos, cigarros, eletroeletrônicos e combustível entre as cargas mais visadas

Entre as cargas mais visadas, estão os produtos alimentícios, cigarros, eletroeletrônicos, farmacêuticos, cargas fraccionadas, têxteis, bebidas, autopeças, combustível e produtos agrícolas.

Em geral, produtos como alimentos, cigarros, têxteis, bebidas e cargas fracionadas têm um ponto em comum: facilidade de escoamento para o varejo.

São cargas que, após o roubo, são fáceis de esconder sua origem e sua dispersão no mercado é rápida.

No caso dos cigarros e produtos alimentícios, por serem produtos que têm incidência de carga tributária, alguns comerciantes alimentam esse ciclo ao adquirir produtos sem procedência legal.

Roubos feitos sob encomenda e com destinação certa

Já os produtos eletroeletrônicos, farmacêuticos, agrícolas e de autopeças têm aceitação fácil no mercado negro e valor agregado muito elevado. Os medicamentos e produtos agrícolas, por exemplo, são itens valiosos, nos quais se registram roubos feitos sob encomenda e com destinação certa. O mesmo acontece com o setor de autopeças, cujos produtos são de difícil rastreabilidade.

Considerando os preços cada vez mais altos dos combustíveis, este tipo de carga tem se tornado uma verdadeira mina de ouro para os criminosos.

Por isso, as cargas de combustível têm sido alvo de quadrilhas especializadas mesmo diante da complexidade da distribuição após o roubo.

Em um dos esquemas descobertos pela polícia, os criminosos roubavam os caminhões e levavam a galpões para fazer o desvio da carga.

Os policiais descobriram que a quadrilha possivelmente adulterava os combustíveis e revendia a postos de combustíveis, que não tinham ciência do esquema criminoso.

Como o gerenciamento de risco ajuda a minimizar roubos

Para combater o crime organizado e minimizar os roubos, as transportadoras costumam fazer seguro das cargas valiosas. As seguradoras, por sua vez, apontam como exigência a contratação de uma empresa de gerenciamento de risco como a Global 5.

E por quê? Enquanto a apólice traz dados gerais de direitos e deveres do seguro, é a gerenciadora de risco que vai detalhar o que está sendo exigido pela seguradora, transformando os dados da apólice em planejamento e planos de ação a serem seguidos pelo gestor, motorista e demais envolvidos na operação do transporte da carga valiosa.

Plano de gerenciamento de risco

Em outro artigo, já tratamos sobre o que é o Plano de Gerenciamento de Risco e para que serve. Importante ressaltar que o PGR traça estratégias para minimizar os riscos durante o trajeto.

Lembra que um dos locais preferidos pelos criminosos são as paradas para descanso? A Global 5, por exemplo, tem postos homologados em todo país, cujos critérios para inserção são próprios da gerenciadora e cumprem itens de segurança importantes para mitigar os riscos.

Além disso, na PGR existem critérios para serem seguidos sobre uso da tecnologia de rastreamento, estudo de rotas personalizado segundo cada tipo de carga e por onde vai passar. De acordo com um levantamento realizado pela NTC&Logística, os Estados mais inseguros para o transporte de carga são Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, responsáveis por 81% dos roubos.

Quanto maior o grau de periculosidade da rodovia, maior deve ser o cuidado com a segurança. Na apólice de seguro, inclusive, está prevista inclusive a proibição de paradas, o que exige da gerenciadora de risco experiência para prever a viagem, as rotas mais perigosas e as paradas mais seguras para os motoristas.

Conheça 6 razões para contratar uma gerenciadora de risco.

Para combater a criminalidade, é essencial estar um passo à frente das quadrilhas. Esse é o trabalho de uma gerenciadora de risco como a Global 5. A empresa atua na raiz do problema, analisando todos os eventuais riscos, os Estados por onde a mercadoria vai trafegar, observando todas as instruções de segurança que devem ser seguidas à risca pelo motorista.